E os movimentos sociais entram em cena na redemocratização!

Olá, galera!

Hoje vamos dar conta de alguns debates sobre os movimentos sociais surgidos no período de redemocratização no Brasil.

Mas antes de tudo, que papo é esse de redemocratização?

Vamos explicar aqui rapidinho o que isso significa e o que tem haver com a galera indo às ruas pedindo seus direitos.

A redemocratização é exatamente isso que o nome já diz, um retorno da democracia. Lá embaixo no nosso blog a gente debateu sobre alguns aspectos da Ditadura Civil-militar no Brasil, né? Entre elas a tortura, repressão e censura. Vocês acham que isso acontece em uma democracia? (Já dando a colinha, mas lá embaixo também tem um post explicando a diferença entre ditadura e democracia, pros perdidos, vale a pena uma olhadinha! :D). Ou seja, galera, quando a gente diz que o Brasil estava passando por um processo de redemocratização e saindo de uma ditadura, isso quer dizer que o governo está mais brando, as perseguições e censuras não estava mais tããão tensa como nos tempos de chumbo. Vejam bem, os militares ainda controlavam qualquer ação da população, tanto é que o Documento 2 da última atividade que fizemos sobre movimentos sociais é exatamente um registro dos militares que monitoravam a ação do Movimento Negro Unificado.

Ok, entendido (ou não) o que é esse processo de redemocratização, podemos partir pro próximo passo na reflexão:  Como era a sociedade daquela época? Será que a galera na década de 70, que vivia no Brasil à 40 anos atrás,  era preconceituoso? Como eles tratavam as mulheres nesse período? E os homossexuais? E sem dizer dos indígenas, sempre tão afastados desses debates? Será que eles tinham direitos iguais a essa “minoria branca que governava o país”? 

Um jornal muito legal que tratava sobre esses assuntos, e serve para mostrar um pouquinho do que acontecia na época, foi o Jornal O Lampião da Esquina, que circulou pelo país entre os anos de 1978 e 1981. Era um jornal homossexual de cunho não-pornográfico que tratava de diversos assuntos, logo no editorial dos primeiros jornais fica claro os problemas que eles vão tratar, eles denunciam os crimes e as violências contra os negros, as mulheres, os índios e os homossexuais. Se quiser dar uma olhadinha em outras edições da revista é só clicar aqui.

As desigualdades desses grupos com o restante da sociedade sempre existiu, e alguns movimentos se articulavam antes mesmo da Ditadura, porém, nesse momento de redemocratização tudo colaborava para o cenário de manifestações. A luta pelo direito à igualdade se misturava com a luta pelo fim do regime militar. A Novembrada (1979) e as Diretas Já (1983/4) foram exemplos dados na última aula sobre movimentos que reivindicavam o fim da Ditadura e o retorno da democracia, sem uma motivação social explícita.  

  

Censuras e resistências na mídia e na arte

Olá olá,

Esse post vai falar um pouquinho sobre a censura que aconteceu na mídia (jornais, revistas, livros etc.), programas de televisão, novelas, teatro e também na música.

No período ditatorial havia um controle maior sobre o que era publicado nos meios de comunicação, como livros, jornais, revistas, rádios e outros. Os militares acreditavam que os "subversivos" encontravam-se em toda a parte, inclusive infiltrados nos meios de comunicação.
Foi criada também, uma imprensa alternativa, composta de pequenos jornais e revistas, que utilizavam recursos de linguagem para driblar a censura. Como exemplo, temos os jornais de esquerda ligados a jornalistas militantes e partidos clandestinos; revistas de contra-cultura que reuniam artistas alternativos e fora do eixo comercial; jornais de movimentos sociais (mov. negro; estudantil; feminista etc.)

A censura ocorria por parte do Estado, através dos DCDP (Divisão de Censura de Diversões Públicas). Também, os próprios donos de empresas de comunicação realizavam uma auto-censura de seu material, ou seja, limitavam seus conteúdos. No jornal, quando algo era censurado, em seu lugar, era colocado receitas de bolo, poemas, tarjas pretas ou mesmo espaços vazios.

Na televisão, as novelas eram constantemente censuradas, tendo capítulos cortados, diálogos e personagens modificados em defesa da "moral e dos bons costumes". A sinopse e qualquer mudança ocorrida na novela, passava pela censura. EX.: Novela "Escalada" de 1975, falava sobre a construção de Brasília e foi proibida pela censura de citar o nome de JK.

Como uma forma de resistência e protesto, muitos artistas usaram sua arte como um meio de “driblar” a censura, compondo músicas e peças de teatro com conteúdos críticos, porém sutis.
O Tropicalismo, por exemplo, foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil. O movimento procurou incorporar elementos da cultura jovem mundial e influenciou o comportamento de muitas pessoas.

Aqui tem o ppt que preparamos para mostrar aos alunos em sala de aula: Clique aqui para acessar!

TORTURA E REPRESSÃO NA DITADURA CIVIL-MILITAR NO BRASIL

Oi gente,

Nesse post vamos falar um pouquinho sobre a fase mais repressiva da ditadura no Brasil que foi entre 1968 e 1974. O ano de 1968 foi o ano da contestação, em várias partes do mundo, estudantes e trabalhadores saíram às ruas reivindicando melhores condições na educação e em outros setores. O movimento estudantil foi um dos mais significativos desse período e a Passeata dos 100 mil, que reuniu estudantes, artistas, jornalistas e outros setores da sociedade civil, na cidade do Rio de Janeiro.

Nós preparamos um resuminho do conteúdo oferecido durante as aulas, que explica de forma simples os acontecimentos mais significativos desse período: resumo da semana 4

Além dos slides que passamos no powerpoint sobre a tortura e a repressão que, infelizmente, marcaram o período da Ditadura civil militar no Brasil: Clique aqui para acessar! 
Até mais!

Ditadura x Democracia

Olá,

Esse post vai tratar de um textinho coletivo que montamos juntamente com os alunos durante a aula cujo tema era Ditadura x Democracia. O texto coletivo é sobre o governo Jango e a conspiração que o tirou do poder:

"João Goulart (Jango) assumiu a presidência do Brasil após a renúncia de Jânio Quadros. Muitos encaravam Jango como uma ameaça "vermelha" por se aproximar de pensamentos considerados comunistas. O pensamento anticomunista se destacou no Brasil nesse período, com o apoio dos Estados Unidos e também da midia, que denegria a imagem do presidente. Os Estados Unidos viam em Jango uma ameaça às suas relações com o Brasil, e através de uma conspiração envolvendo os militares e alguns setores da sociedade civil, depuseram o presidente do poder e abriram caminho para o Golpe no ano de 1964, que estabeleceria no Brasil uma ditadura civil militar."

Para essa aula, também achamos legal montar um quadro comparativo que explicasse de forma mais simples e didática, as diferenças entre ditadura e democracia. Clique aqui para ver o quadro montado!

Até mais!